É possível ter alopécia androgenética na adolescência?
Quando falamos em alopecia androgenética, popularmente conhecida como “calvície hereditária”, a maioria das pessoas pensa em homens adultos. Mas o que muitos não sabem é que essa condição pode sim se manifestar já na adolescência, inclusive em meninas.

Recentemente, atendi uma mãe preocupada com as filhas adolescentes, pois em sua família todos tinham histórico de alopecia androgenética. A pergunta dela foi direta: “Doutora, quando devo trazer minhas filhas para avaliação?”.
A resposta é: quanto antes houver sinais de queda ou afinamento capilar, mais precoce deve ser a investigação.
Como a alopecia androgenética pode se manifestar em adolescentes?
A alopecia androgenética é uma condição genética e progressiva, em que os fios vão afinando gradualmente com o passar dos anos. Nos adolescentes, os sinais mais comuns incluem:
Aumento da rarefação capilar em áreas específicas, como topo e região frontal;
Afinamento dos fios que antes eram mais grossos;
Em meninas, às vezes associada a alterações hormonais ou menstruação irregular.
É importante destacar que, quando diagnosticada precocemente, a alopecia androgenética pode ser controlada, ajudando a preservar a quantidade de fios ao longo da vida adulta.
Por que investigar cedo faz diferença?
Em um caso que acompanhei, uma adolescente já apresentava um quadro moderado a grave de alopecia androgenética. Apesar de estar em tratamento tópico, ficou claro que uma investigação mais profunda era necessária.
Isso porque, em pacientes jovens, é essencial verificar se existem condições associadas, como a síndrome dos ovários policísticos (SOP), que pode impactar diretamente na saúde capilar. Tratar essas condições pode melhorar não apenas o cabelo, mas também a saúde como um todo.
Além disso, existem diferentes opções terapêuticas, medicamentosas, tópicas e até procedimentos médicos, que podem ser discutidas e personalizadas para cada paciente.
O risco de esperar
Deixar para procurar ajuda apenas quando a perda já está avançada pode limitar as possibilidades de tratamento. Como a alopecia androgenética não reverte espontaneamente, cada fio preservado faz diferença no futuro.
Quanto antes a avaliação for feita, maior a chance de manter uma boa densidade capilar e garantir que, na fase adulta, o paciente ainda tenha uma quantidade importante de fios.
O papel do especialista
Se você conhece adolescentes que já apresentam sinais de queda ou afinamento capilar, o ideal é procurar um dermatologista especialista em cabelos e couro cabeludo. Esse profissional poderá:
Confirmar o diagnóstico correto;
Investigar doenças associadas;
Indicar o tratamento mais adequado para cada fase da vida;
Acompanhar a evolução do quadro a longo prazo.
Conclusão
A alopecia androgenética não é uma condição exclusiva de adultos. Ela pode sim surgir na adolescência e, nesses casos, o diagnóstico precoce é fundamental para preservar os fios e oferecer mais qualidade de vida no futuro.
No Instituto Lorena Visentainer, unimos experiência, ciência e tecnologia para investigar e tratar cada paciente de forma individualizada, sempre com foco na naturalidade e na saúde capilar.